AÇÃO PSICOLÓGICA – SOLIDÃO GERA SOLIDÃO
Solidão gera solidão, e, quanto mais uma pessoa se isola, à
medida que o tempo vai passando, mais isolada ela quer estar. Quando a pessoa
se apercebe que a solidão é a sua companhia, o rosto entristece, a alma
desvanece e um forte pesar parece invadir o pensamento. O cenário torna-se
deprimente. Não há esperança para o futuro.
Muitas
vezes, ficar sozinho gera a solidão. Pessoas que estão sozinhas tem mais
probabilidade de se sentirem solitárias. O número de pessoas que vivem
sozinhas, sem família ou companheiro (a), é cada vez maior nas grandes cidades.
Segundo alguns psicólogos, o seu sistema imunológico mostra-se menos estável,
menos forte e mais propício a contrair doenças crônicas. A solidão também é um
fator que contribui para a depressão.
Na
verdade, a solidão é uma condição imanente ao homem, faz parte da vida; mas, em
certos momentos, podemos percebê-la mais agudamente, todavia não sabemos como
lidar com ela. A solidão parece estar longe quando mantemos um relacionamento
muito estreito, muito íntimo, com alguém que amamos, com quem temos bastante
afinidade. Mas, mais cedo ou mais tarde, chega uma hora, em nossa vida, em que
temos que encarar uma conclusão inevitável: cada um é um.
·
A
pessoa sente que está excluída de um grupo do qual gostaria de fazer parte;
·
A
pessoa sente que é pouco amada ou ignorada pelas pessoas ao seu redor;
·
A
pessoa sente que está restringida e é incapaz de partilhar suas preocupações
pessoais com alguém;
·
A
pessoa sente que é diferente das outras pessoas de sua comunidade.
Em
suma, por mais que se viva junto de quem se ama, por mais que se interaja
socialmente, não será possível evitar, lá no fundo, a certeza de se r só. Sendo
assim, quando é preciso procurar ajuda? Quando a pessoa que se sente solitária
culpa-se a si mesma, atribuindo a deficiência dos relacionamentos sociais às
suas próprias inadequações, baseada em: timidez, contrafeito, baixa autoestima e uma percepção de menos
competência e atração em termos sociais. A ajuda também deve ser buscada quando
a pessoa caracteriza dificuldade de se apresentar, telefonar e participar de
grupos, e ainda quando a própria convicção
de falta de méritos sociais a restringir a tomar providências para
reduzir a solidão.
Perla Santos,
Psicóloga e especialista em psicologia da
família.
Fonte: Revista Estações de Saúde , Inverno de 2011.
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