ENTREVISTA COM LAURA WIBBERDING - PARTE 1

Muitos já a conhecem, devido a coluna de nossa página "TERÇAS COM LAURA", e hoje temos a oportunidade de apresentar a primeira parte da entrevista a Laura Wibberding do The Other Adevntist Home mediada por Rafael Sanzio do Pah.dot .

Laura Wibberding é Professora Adjunta no Pacific Union College, uma das Faculdades Adventista nos Estados Unidos. Laura leciona aulas sobre História da Igreja no departamento deTeologia.

Laura tem um mestrado em Religião pelo
Seminário Teológico Adventista da Universidade Andrews, com ênfase em Históriada Igreja. A verdade é que ela esta realmente apaixonada por histórias e contar histórias, e amaa história porque há muitas histórias para contar. Como se vê, ela também tem opiniões sobrea igreja e, por isso, escreve no seu blog The Other Adventist Home, de onde tiramos as postagens que intitula a sua coluna aqui em nossa página: Terças com Laura.

Segue agora a entrevista com nossa querida escritora Laura Wibberding. O diálogo mediado pelo Rafael Sanzio encontra-se em letras maiúsculas.

VOCÊ SE VÊ COMO UMA PESSOA PROGRESSISTA, VISIONÁRIA?

Estou nervosa com a palavra "visionário" porque dar a entender que tenho um plano. Tenho grandesidéias, como minha igreja se interagindo com nosso próprio tempo e cultura e tornando nossafé mais compassiva e orientada para a comunidade. Mas não acho que essas sejamrealmente visões. Acho que o mais próximo que chego disso é que quero que nossa igrejaseja melhor e  a amo o suficiente para permanecer nela, mesmo que não seja. Eu acho que,como todo mundo que quer algo melhor para sua comunidade, a melhor maneira de conseguirisso é caminharmos juntos e tentar inspirar um ao outro.

EM UM DE SEUS ARTIGOS, VOCÊ RELATOU QUE SUA GRAVIDEZ FOI UMA EXPERIÊNCIA FANTÁSTICA, APOIADA POR PESSOAS QUE VOCÊ AMA, INCLUINDO AMIGOS. COMO ESTÁ SENDO SUA MATERNIDADE ATÉ AGORA?

Bem, eu realmente amo minha família, e acredito profundamente que precisamos de uma família -ou seja, precisamos de outras pessoas com as quais nos comprometemos e servimos - parapermanecermos seres humanos genuínos e saudáveis. Caso contrário, não faz sentido tentarimpactar o mundo. Mas a família é um trabalho árduo, tenho certeza que você sabe. Eu amo a
maternidade porque amo meus filhos. Eu amo as pessoas que eles são. Adoro vê-los descobrindo coisas e formando suas opiniões e habilidades. Então eu posso amar esse trabalho, porque é para essas pessoas que são tão importantes para mim, e é uma maneira de mostrar meu amor a elas.

LEMBRAMOS QUE EM UM DE SEUS ARTIGOS, VOCÊ NOS CONTOU COMO CONHECEU SEU MARIDO. NO BRASIL, EXISTE UMA DIFERENÇA CONSIDERÁVEL  EM SER ESPOSA DE PASTOR DO QUE NOS ESTADOS UNIDOS. COMO TEM SIDO SUA EXPERIÊNCIA? SABEMOS QUE NÃO É TÃO FÁCIL!

Estou certa de que há uma grande diferença de expectativas em nossos diferentes países!
Obviamente, o que exatamente se espera da esposa de um pastor depende também da
igreja e da cultura local. E também faz a diferença o que esperamos de nós mesmos e quãoprofundamente precisamos que nossa
família da igreja nos aprove. O fardo é mais pesado quando tentamos atender às nossas
próprias expectativas. Eu acredito que, embora ser a família pastoral não seja um trabalho em si, ela tem um certoprivilégio. Ser uma celebridade (mesmo que pequena, mesmo que as pessoas estejamjulgando) significa que você tem o poder de fazer o bem. Não era justo, mas ainda era verdadeque as pessoas que percebiam significavam mais para elas do que quando as outras pessoasfaziam. Então, tentei estar ciente de quem estava ao meu redor, perguntar sobre a vida deles elembrar as respostas. É um trabalho árduo (pelo menos para aqueles que não são
naturalmente extrovertidos), mas realmente significou algo para os outros. Então,
tentei pensar nisso como um presente, não um fardo.

(Risos) SEU CACHORRO AINDA ESTÁ VIVO?

O cachorro está vivo e bem, mas infelizmente tivemos que deixá-lo em nossa mudança para
a PUC. As pessoas que o adotaram têm um quintal  com bosques, e ele tem mais tempo parafugir, e parece realmente muito feliz. Disseram-me, no entanto, que ele está ganhando peso.Então, eu acho que ele está indo bem.

EM OUTRO  DE SEUS ARTIGO, UM DOS  MAIS POPULARES NO BRASIL, VOCÊ NOS CONTA SOBRE A ESPOSA DO PASTOR  ESTAR SEMPRE  SENDO "VIGIADA" . QUERO DIZER, ELES TENTAM LEVÁ-LA COMO REFERÊNCIA PARA TUDO . NA MAIORIA DOS CASOS, NÃO É DE FORMA POSITIVA (NO BRASIL). O QUE VOCÊ DIRIA AOS NOSSOS LEITORES QUE SÃO ESPOSAS E ESPOSOS DE PASTORES E PASTORAS?

Mais uma vez, ser a esposa de um pastor tem um pouco de privilégio. As pessoas menotavam, quer eu quisesse ou não, e é claro que tinham opiniões sobre mim. Essa não foi amelhor parte. Por outro lado, eles não podiam ir à comissão da igreja e tentar me manter fora daliderança - eu era casada com o pastor. Alguém que pode excluir ou derrubar outra mulher porcausa de suas roupas ou de suas escolhas não poderia fazer isso comigo (pelo menos, não publicamente). Então, decidi que deveria usar minha imunidade para apoiar pessoas quepoderiam ser criticadas, em vez de críticas.Meu conselho, então, para os cônjuges dos pastores é não ter medo de críticas. Se puder,deixe-o chegar a você, e não àqueles que são mais vulneráveis. Você cultiva o tipo de culturaque alimenta, então jogue seu peso, se o tiver, para o lado da graça.

A entrevista continua na próxima terça! 😘🤗